quinta-feira, 21 de junho de 2007

Manifesto da não violência



Temos acompanhado o crescimento da violência em um ritmo jamais visto antes. Seja pelo desenvolvimento tecnológico que possibilita o surgimento de tipos de armas e de drogas cada vez mais potentes. Seja por um esvaziamento da ética, que cria terreno fértil para a multiplicação de casos de corrupção nas instâncias que deveriam proteger o cidadão.
O cenário atual nos coloca diante de um impasse: o que fazer em circunstâncias nunca antes vividas? O fenômeno “bala perdida” já faz parte do cotidiano da sociedade brasileira.
Nos chocamos, indignamos, choramos, e questionamos de que maneira a sociedade civil pode se mobilizar para transformar essa realidade.
Nossa consternação, perplexidade, inquietação que pulsam no peito diante da seqüência de barbáries que nos assolam devem ser o motor de nossa mobilização. Somos protagonistas da História! Nós cidadãos temos papel fundamental no processo de constituição de um modo de vida diferente.
Abaixo a apatia, o desânimo, a omissão, a letargia! Todos nós somos responsáveis! Todos somos importantes!
A impotência nos leva a práticas violentas, sejam elas físicas, psicológicas, étnicas, sexuais, econômicas ou morais.
O desejo de poder, em seu aspecto mais primitivo, torna a violência tão fascinante.
Desejamos que nossos corpos e almas sintam náusea, enjôo com qualquer formas de violência, à nós e aos outros.
Aspiramos a uma nova sensibilidade, uma nova mentalidade no indivíduo e na sociedade.
Buscamos a força que nos leve à organização e às práticas humanas de outro nível, que nos conduza à superação das contradições e à emancipação social.
A não-violência é força!
Tostoy

“A não-violência não significa doce submissão à vontade do mal. Significa utilizar todas as forças da alma contra a vontade do tirano. A não violência não é uma desculpa para o covarde, mas a suprema virtude dos bravos. A pratica da não violência requer muito mais coragem do que a pratica das armas”. Gandhi.


“A não cooperação com o mal é uma obrigação moral, tanto quanto é a cooperação com o bem.”Luther King

“Ama a realidade que constróis e nada, nem a morte deterá seu vôo.” Silo

Os “contra-a-vida” estão organizados para deter todas as mobilizações violentas. Se formos com uma arma, eles vêm com uma metralhadora, se formos com uma metralhadora, eles vêm com um tanque de guerra. Se formos com um tanque, eles vêm com um avião.
Nossa luta com o campeão de Box deve ser em um tabuleiro de xadrez.
Desobediência civil já!

Os símbolos da não-violência são as tochas que nos levarão ao novo Homem e a nova Mulher, ao novo mundo.

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